sábado, 5 de setembro de 2015

Entrevista Dossiê do rock!

01) É um prazer entrevistá-los. Contem-nos um pouco sobre os primórdios da banda (formação, criação de repertório, entre outros).
Giordano: Nossa banda formou-se em 2003, aqui em Porto Alegre. Eu e o Rafael fomos colegas de escola, aprendemos nossos primeiros acordes juntos e nosso gosto musical era muito próximo. Por isso fazer uma banda para tocarmos acabou sendo algo muito natural. Nossa ideia principal sempre foi compôr material próprio e a partir disso fazer shows, gravações e conhecer músicos e pessoas do mundo da música, para potencializar nossas ideias. O Rafael começou tocando baixo, depois fixou-se na bateria. Já passamos por várias formações, hoje estou eu (Giordano) na guitarra e vocal, o Rafael na bateria e o Jonas no baixo. As composições vão surgindo e são trabalhadas em grupo, com o toque que cada integrante vai acrescentando para a música.  

02) Quais são suas principais influências?

Giordano: Gostamos muito do punkpop e hardcore californiano dos anos 90. Bandas como Rancid, Offspring, Green Day, Blink, Pennywise, New Found Glory, Sum 41 e NOFX. Curtimos muito também bandas de skacore: Less Than Jake, Might Might Bosstones e Reel Big Fish. Além disso ouvimos outros estilos, que de alguma forma podem estar em alguma composição da banda. Não somos rígidos em relação à direção musical da banda. Sempre tem algo nos outros estilos que pode nos agradar, até no brega....(Risos)

O que realmente prezamos é escrever músicas em português, para ter uma comunicação mais próxima e ampla com o público.

03) Após dois EP’s, vocês pensam em lançar um álbum completo?

Giordano: Sem dúvida! A questão financeira e o contexto musical influenciaram muito as decisões por esses formatos na época. Mas temos muita vontade de gravar um material com 10 ou 12 musicas em um estúdio maior. Porém isso demanda muito tempo e dinheiro, coisas que infelizmente não temos em tanta abundância no momento. Estamos lutando a cada dia para chegarmos nesse ponto.

04) Vocês sofrem preconceito por pegar músicas bregas e adaptar ao estilo da banda?

Giordano: Às vezes podemos desagradar quem gosta de rock e quem gosta dessas músicas bregas. Porém o principal sempre na banda foi a nossa diversão. Achamos que o hoje o pessoal está com menos preconceito musical e com menos segmentações. Nosso sonho é ver o pessoal pogando enlouquecidamente cantando “Chorando se foi”, por que não, né? Além disso, várias de nossas influências costumam gravar músicas de outros estilos e fazem isso sem sofrer preconceito.

 
05) Situações inusitadas sempre podem acontecer, ainda mais durante um show e outro. Vocês tem algum acontecimento curioso para nos contar?


Giordano: Já chegamos a tocar na casa de um político famoso de Porto Alegre. Nem me lembro como chegamos a tocar no salão de festas da casa dele... Foi realmente diferente. E outra histórica foi quando um motorista bem bizarro nos transportou para um show em um lugar longíssimo aqui em Porto Alegre. A princípio ele estava tranquilo. Mas enquanto estávamos tocando a gente percebeu que ele estava tomando toda bebida alcoólica que caía na mão dele. Quanto mais o show rolava mais a gente se olhava apavorado, até porque ele estava bebendo e curtindo o show na nossa frente, na cara dura! Como era um lugar distante, a volta foi um terror total... A única vez que comemoramos o fato de termos chegado em casa após um show. Só quem estava na Kombi naquele dia sabe o que passamos... Hoje a gente ri, mas no dia foi um perrengue! 
 

06) Deixem um recado para os fãs.

Giordano: Se você gosta de ska, hardcore, punk rock e sente falta de letras interessantes e com conteúdo ouça a ESTRAGONOFF. Com certeza você verá um diferencial. Estamos no Facebook, Soundcloud, Bandcamp e Youtube. Nessas plataformas divulgamos shows, gravações e projetos que estão acontecendo. Buscamos de fato amigos e bandas que se divirtam com nosso som e tornem nosso projeto ainda mais forte e consolidado.

07) Agora é a sua vez. Perguntem-me o que quiserem.

Giordano: Qual é o verso mais cretino do rock brasileiro na tua opinião?

Bruno: Olha cara, eu não curto muito esses rankings não. Não sei se há o mais cretino, mas falando de alguns: “Isso me dá ‘tic’ ‘tic’ nervoso” do Magazine e “sanduíche de coração” do Radio Taxi são os que me lembro no momento. Isso não quer dizer que as bandas sejam ruins, porque o Kid Vinil entende muito de música e o Radio Taxi tinha um dos maiores guitarristas brasileiros de todos os tempos, o saudoso Wander Taffo. Mas que acho que esses versos atendem bem ao que foi perguntado! (risos)

Muito obrigado pelo tempo dedicado a nós e muito sucesso pra banda!

Conheça mais sobre o trabalho da banda nos links abaixo:
 
 
 
 
 

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